Cerca de 330 pessoas prestigiaram o evento organizado pelo Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, com o apoio da Amatra 9, em homenagem ao ministro Gilmar Ferreira Mendes, na manhã de ontem (30), em Curitiba (PR). Na oportunidade, a UniBrasil concedeu ao futuro presidente do Supremo Tribunal Federal o título de Doutor Honoris Causa - atribuído a personalidades que tenham se distinguido pelo saber ou pela atuação em prol das artes e das ciências.
Além da homenagem, a cerimônia realizada no Castelo do Batel foi palco do lançamento da segunda edição do livro "Curso de Direito Constitucional", escrito em co-autoria com os professores Inocêncio Mártires Coelho e Paulo Gustavo Ganet Branco. Publicada em parceria pela editora Saraiva e o Instituto Brasiliense de Direito Público, a obra analisa todos os dispositivos da Constituição Federal, que este ano completa 20 anos.
Para o ministro, o evento representou um ato importante antes de assumir a nova nova função. "É com imenso prazer que volto a Curitiba para lançar o meu livro Curso de Direito Constitucional e receber mais esta homenagem que me sensibiliza. Estou verdadeiramente feliz com ela e com o recebimento do título justamente na iminência de uma fase tão desafiadora", afirmou.
Estiveram presentes os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Planejamento, Paulo Bernardo Silva, do Tribunal Superior do Trabalho, Fernando Eizo Ono, o membro do Conselho Nacional de Justiça Altino Pedrozo dos Santos, o governador do Paraná, Roberto Requião, os deputados federais Gustavo Fruet e Eduardo Sciarrae, o prefeito de Curitiba, Beto Richa, o secretário municipal da Administração, José Richa Filho, e a chefe da Procuradoria do Trabalho da 9ª Região, Lair Carmen Guimarães, além de magistrados, advogados, professores e membros do Ministério Público.
Em entrevista coletiva concedida antes do início da solenidade no Castelo do Batel, o ministro Gilmar Mendes falou à imprensa sobre as suas prioridades frente às presidências do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça e comentou o episódio envolvendo a secretária-executiva da ministra Dilma Roussef, que teria feito um levantamento de gastos com cartões corporativos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Não tenho dados específicos sobre o assunto, mas se de fato alguém pratica esta política de levantamento de dados para vazar com o intuito de formar dossiê é lamentável, se isso se pratica no âmbito do governo é lamentável. Acho que não é uma prática condizente com o Estado de direito democrático", afirmou.
Empossado no último dia 26, Gilmar Mendes revelou que, como presidente do CNJ, irá defender a criação de diretrizes e critérios para a construção de novas sedes destinadas a abrigar os diversos órgãos jurisdicionais. Além disso, segundo Mendes, o CNJ pode contribuir com a elaboração de planejamentos estruturais de médio e longo prazo para atender demandas voltadas para a melhoria dos padrões de funcionamento da Justiça, dando continuidade ao processo já iniciado de informatização dos órgãos jurídicos.
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* Com informações da Amatra 9
